RFID – quatro letrinhas que tendem a mudar tudo!

Conhecida como Radio Frequency Identification (Identificação por Rádio Frequência), a RFID é a tecnologia de identificação que utiliza ondas eletromagnéticas (sinais de rádio) para transmitir dados armazenados em um microchip. Trata-se de uma tecnologia antiga, mas que, na década de 1980, o Massachusetts Institute of Techonology (MIT), juntamente com outros centros de pesquisa, iniciou o estudo de uma arquitetura que utilizasse os recursos das tecnologias baseadas em radiofrequência para servir como modelo de referência ao desenvolvimento de novas aplicações de rastreamento e localização de produtos.

Desse estudo, nasceu o código eletrônico de produtos – EPC (Eletronic Products Code). O EPC definiu uma arquitetura de identificação de produtos que utilizava os recursos proporcionados pelos sinais de radiofrequência, chamada posteriormente de RFID.

Resumidamente, um sistema de RFID é composto por: Tags ou etiquetas, também conhecidos como transponders (que podem ser adesivadas ou encapsuladas em diversos tipos de materiais, tais como: vidros, braceletes, plásticos, PVC, cartões, papéis, papelões, etiquetas têxteis, entre outros), além de Leitores, Antenas e Middlewares. O código é lido através de antenas instaladas no ambiente (ou por coletores móveis de dados), que são, geralmente, integradas aos sistemas legados, mas podem ser utilizados em várias aplicações, ao longo de toda a cadeia de abastecimento. Podem ler dados contidos em etiquetas colocadas em qualquer tipo de elemento, por exemplo: produtos, caixas, pallets, containers, ativos fixos, veículos, animais, objetos, máquinas e até pessoas (o que considero um absurdo!).

 

O funcionamento é o seguinte:

  • A - A unidade de leitura/gravação envia ao transponder a energia necessária para alimentá-lo;
  • B - O transponder envia o ID para a unidade de leitura/gravação;
  • C - A unidade de leitura/gravação decodifica e transmite a informação para um computador, por meio do middleware.

 

Ainda temos o uso com coletores móveis:

  • 1 - Etiqueta entra no campo da radiofrequência;
  • 2 - Sinal RF energiza a etiqueta;
  • 3 - Etiqueta transmite ID;
  • 4 - Leitora captura o ID e envia ao computador;
  • 5 - Computador interpreta e determina ação.

 

Em resumo

  • As informações sobre a identificação de um objeto são gravadas nas etiquetas de RFID, ou seja, no chip fica armazenado o ID de cada produto, contendo sua identificação única, como se fosse um “RG” exclusivo do item. Podem ser armazenados, além de seu código, tais como: temperatura, pressão, localização, entre outras informações;
  • As etiquetas são afixadas a objetos que se movimentam ou estão dispostos ao longo da cadeia de suprimentos e são lidas pelas antenas, que geralmente estão distribuídas nos elos da cadeia (docas de recebimento, expedição, pontos de controle de processos de fabricação, linhas de montagens, etc.);
  • As antenas estão conectadas aos leitores, que são integrados aos computadores;
  • O “RFID middleware” faz o gerenciamento para a integração das informações lidas com os sistemas legados, bem como gerencia o fluxo de informações entre os diferentes componentes de hardware de RFID (antenas, leitores, sensores, impressoras especificas);
  • Os sistemas legados recebem a informação e disparam uma atividade específica, de acordo com as regras de negócio. Esse fluxo de informação é bidirecional, ou seja, ele ocorre dos sistemas gerenciais para as etiquetas (fluxo de gravação) e dessas para os sistemas gerenciais (fluxos de leitura), o que possibilita inúmeras aplicações ao longo de toda a cadeia de suprimentos.

 

Como vantagens da tecnologia RFID, podem-se destacar, dentre outras:

  • Não necessita de visada direta para ter a leitura;
  • Permite a leitura de diversos itens simultaneamente;
  • Pode ser utilizada em ambientes agressivos;
  • Há vários tipos de encapsulamentos e flexibilidade de afixação;
  • Durabilidade das etiquetas com possibilidade de reutilização;
  • Agiliza a confecção de inventários, reduzindo seu custo;
  • Pode ser aplicada nos mais variados setores da economia, possibilitando a integração de todos os processos de negócios, desde a fabricação até a chegada ao consumidor final.

Existem várias vantagens com relação ao código de barras. A principal delas é que não necessita de visada direta para fazer a leitura do código. Isso significa que sem a necessidade da localização visual no código da etiqueta, a informação é transmitida automaticamente, sem a intervenção humana o que agilizará o processo de leitura, além da formidável capacidade de armazenamento de dados ao longo de todos os processos logísticos. As aplicações da RFID são inúmeras e podem ser utilizadas nos mais variados segmentos. Impactará todos os elos da cadeia de suprimentos, tornando-os mais eficientes. Os principais campos e setores industriais que poderão utilizar os recursos de RFID são:

 

 

· Produção e manufatura · Varejo · Transporte e Logística · Transporte Público · Saúde (antipirataria de remédios) · Ingressos para eventos · Segurança · Segurança Nacional · Reciclagem · Controle de Temperatura · Controle de Estradas/Pedágios · Controle de Velocidade · Controle de Acesso · Rastreamento de Bagagens · Biblioteca · Indústria Automobilística · Indústria Automobilística · Rastreamento de Animais · Rastreamento de Alimentos · Esportes · Correios · Hospitais · Animais · Gestão de documentos · Forças armadas · Gestão de Ativos · Gestão de tráfego · Inventário · Prevenção de Perdas · Fiscal Logística

 

 

A tecnologia RFID poderá ajudar o varejo a experimentar vários benefícios com relação ao seu uso, tanto no que tange à redução dos custos, à geração de valor quanto ao aumento de segurança e cumprimento de requisitos de mercado. Pode-se dizer que, na medida em que a adoção dentro da organização e na cadeia de suprimentos aumentar, os benefícios e as oportunidades ficarão mais evidentes.

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